Mormo, na "crista da onda"

O que é?
O Mormo, também conhecida como Lamparão ou Farcinose é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, que ocorre nas formas aguda ou crônica e é caracterizada por corrimento nasal e pela presença de nódulos ou úlceras no trato respiratório superior, pulmões e pele. Pode ser transmitida ao homem e outros animais carnívoros podem ser acometidos quando ingerirem carne contaminada. Já foi observada em ovinos e caprinos, sendo geralmente fatal. O Mormo é uma das mais antigas doenças conhecidas e já foi encontrada em todo o mundo. Atualmente está erradicada ou efetivamente controlada em muitos países, estando restrita geograficamente à Europa Oriental, Ásia e Norte da África. Foi virtualmente erradicada do Norte da América e era considerada inexistente no Brasil até o ano de 1999, quando alguns poucos casos foram divulgados no Nordeste do Brasil. De lá prá cá, embora tenham sido constatadas reações positivas, ainda não se tinha comprovado outros casos desta enfermidade.

A doença é altamente fatal e de grande importância em qualquer população eqüina.

Os animais contraem o Mormo pelo contato com material infectante, sendo que estes são pús, secreção nasal e urina. O agente da doença normalmente penetra por via digestiva pela ingestão de alimentos ou água contaminados ou por via respiratória, genital ou cutânea, sendo esta ultima só por lesão. Quando penetra no organismo, em geral, o germe cai na circulação sangüínea e depois alcança os órgãos, principalmente os pulmões e o fígado.

Após o período de incubação (4 dias a 2 semanas), os animais afetados geralmente apresentam septicemia e febre alta (superior a 41º C) e, subseqüentemente, corrimento nasal denso e purulento e sinais respiratórios. A morte ocorre em pouco dias. A doença crônica é comum em cavalos e ocorre como uma condição debilitante com envolvimento cutâneo e nasal, nodular ou ulcerativo, já a aguda, está mais freqüente nos asininos. Os animais podem sobreviver por anos, disseminando a doença. O prognóstico é desfavorável. Animais suspeitos devem ser isolados e submetido à prova de maleína sendo realizada e interpretada por Médico Veterinário. A mortalidade desta doença é alta.

Como se apresenta?
São reconhecidas as formas nasal, pulmonar e cutânea de Mormo e mais de uma pode afetar um animal simultaneamente tanto aguda como cronicamente.

Na forma nasal, desenvolvem-se nódulos no septo nasal e partes inferiores do nariz. Os nódulos viram úlceras profundas, irregulares e elevadas. Com a cura das úlceras permanecem cicatrizes, em forma de estrela, características. Os gânglios submaxilares estão inchados e mais tarde tornam-se aderentes a pele.

Na forma pulmonar pequenos nódulos, com centros caseosos ou calcificados, são detectados nos pulmões. Se o processo é extenso, pode ocorrer consolidação do tecido pulmonar e pneumonia moromosa. Os nódulos tendem a se decompor, resultando numa extensão da infecção ao trato respiratório superior.

Na forma cutânea (farcinose), os nódulos aparecem ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, particularmente dos membros. Tais nódulos degeneram-se e formam úlceras que eliminam pus altamente infeccioso e pegajoso. O fígado e o baço também podem mostrar lesões nodulares.

A Mormo no homem

Não existem casos confirmados de Mormo em seres humanos, mas de acordo com o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) o homem pode infectar-se pelo contato com animais doentes, materiais contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. A transmissão ocorre por meio de pequenas feridas e abrasões na pele. Há relatos não confirmados de infecção em laboratoristas, transmissão pessoa a pessoa e casos de transmissão sexual.



FONTES DE CONSULTA:
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mormo
KlickEducação
http://www.klickeducacao.com.br/2006/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-12789,00.html
Faculdade de Medicina Veterinária e Zôotecnia http://www.fmvz.unesp.br/revista/volumes/vol13_n2/VZ13_2(2006)_117-124.pdf
Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa56_equideos.htm

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