O holandês Jeroen Dubbeldam vence rodízio na Normandia e é Campeão do Mundo

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Um estádio lotado, no coração da Normandia, na França, assistiu ao vivo, durante duas horas neste domingo, provavelmente o que pode haver de melhor no mais alto nível do esporte eqüestre de salto. Os quatro melhores conjuntos do mundo montando, cada um, os cavalos dos outros. A tradicional e esperada prova de rodízio da final dos Jogos Eqüestre Mundiais, que acontecem a cada quatro anos.
Impecável em todos os percursos, a Holanda repetiu a medalha de ouro por equipes de quinta-feira e viu subir no lugar mais alto do podium seu representante, o Campeão Olímpico em Sidney, Jeroen Dubbeldam, que terminou o rodízio sem cometer faltas com nenhum dos quatro animais que montou. A medalha de prata ficou em casa e a França repetiu o segundo lugar por equipes por uma diferença de 40 décimos de segundos, que foi o que Patrice Delaveau passou do tempo permitido do percurso com Casall Ask (montada de Rolf-Goran Bengstton, o quarto participante da final) e somou na prova apenas um ponto perdido. E o bronze, mais uma vez, assim como por equipes, para Beezie Madden, que totalizou 8 pontos (uma falta com Zenith SFN e uma com Casall Ask). Rolf-Goran Bengtsson é o quarto melhor do mundo com 14 pontos: 6 pontos com Zenith SFN, 4 pontos com seu próprio Casall Ask e 4 pontos com Orient Express. O cavalo vendedor, também sem cometer nenhuma falta, foi Cortes C, de Beezie Mandden.

A prova tinha oito obstáculos a 1m50 , incluindo um triplo e o desenhador dos percursos, Frederic Cottier, admitiu que preferia não assistir a um desempate como houve em Kentucky, há quatro anos e em Aachen, há oito. Para isso, não montou um percurso simples. E as faltas apareceram.

Depois de fazerem uma primeira volta com seus próprios cavalos, cada cavaleiro tinha três minutos para se adaptar à próxima montada. Podia dar dois saltos de aquecimento e para isso, tinha à sua disposição um oxer e uma vertical, a 1m40, que não podiam ser alterados. Os animais tinham que estar com as mesmas embocaduras com que saltaram as outras passagens do campeonato e não é permitido ao cavaleiro que vai montá-los fazer nenhuma modificação. Eles só podem colocar as suas selas. E têm que mandar os hábitos dos animais. Cortes, por exemplo, precisa dar o primeiro salto de aquecimento usando cloches que são retirados para o percurso.

" Temos três minutos para nos adaptar a um cavalo desconhecido, o que é muito pouco", explicou o campeão do mundo, Dubbeldam. "Então eu procurei rapidamente encontrar os pontos fortes desses animais. Acho que consegui, né?" brincou o cavaleiro holandês.

Medalha de prata, Patrice Delaveau disse estar um poço decepcionado de perder o ouro por tão pouco e explicou que teve que colocar um lance a mais na linha final com Casall porque quis manter o cavalo reunido depois de exigir dele no triplo, onde o garanhão de 15 anos havia feito falta com dois outros cavaleiros, inclusive o seu próprio. "Eu demorei para me dar conta , podia ter galopado para a bandeirola final também", disse o francês, lamentando decepcionar a torcida que foi eleita pelos próprios cavaleiros, como uma das mais participativas e calorosas de todo o mundo.

E os 22 mil lugares do Estádio D,Ornano estavam tomados neste domingo de um público caloroso e participativo mas que soube respeitar os animais participantes da final que têm que ficar a prova inteira dentro da pista. Um espetáculo lindo.

Beezie Madden, que já tinha adiantado, numa entrevista anterior que, se fosse para a final, ninguém teria problemas com o seu cavalo, não estava errada. Cortes C saltou como um príncipe e igual, todos os quatro percursos.

Perguntados como é a sensação de ver seus cavalos saltando com outros e o que acharam dos demais animais que montaram, os medalhistas destes mundial responderam assim:

Jeroen Dubbeldam: "Quero dizer que é muito bom ser campeão mas eu também adorei montar esses craques. É engraçado também você observar como outros cavaleiros lidam com as dificuldades do seu próprio cavalo. O Oriente Express eu já conhecia e é como eu imaginava. Muito sangue, puxa um pouco para a esquerda mas em cima do salto tem um potência incrível.
O Cortes parecia não ter muita elasticidade e tem um galope um pouco diferente mas ele tem muita energia e um salto espetacular. É muito agradável de saltar. Já o Casall eu fiquei um pouco receoso dele estar cansado e sem muita impulsão mas já no primeiro salto da distinção vi que ele estava com muita disposição e ele tem mais sangue do que se imagina."

Patrice Delaveau: " O Cortes tem um galope especial e é muito agradável. O Casall é um pouco frio mas com muita concentração e disciplina nos obstáculos e o Zenith era o que estava mais fresco. O salto dele afunda um pouco e pode desequilibrar o cavaleiro mas ele é muito bom."

Beezie Madden:" O Casall é meio frio mas dentro da pista fica ótimo eu é que exagerei um pouco no triplo porque tinha visto ele fazer falta com os outros cavaleiros. Não precisava. Zenith é muito sensível e o Orient Express é maravilhoso, uma sensação incrível no salto. Amei.
Em relação ao meu cavalo achei que ele saltou absolutamente da mesma forma com todos os cavaleiros".

Os verdadeiros heróis são esses quatro cavalos que saltaram nove pistas diferentes em sete dias e ainda assim brilharam até o final. E, se houve uma marca registrada deste Jogos Equestres Mundiais da Normandia 2014 foi sem dúvida, a platéia. Esta sim medalha de ouro. O próximo grande desafio destes craques do salto de obstáculos são os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Até lá!

Fonte: CPC Comunicação.

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